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Programa de tradução automática promete acabar com farra dos plagiadores




Todo mundo sabe, não é tarefa simples escolher um tema e desenvolvê-lo com habilidade e competência desejáveis dentro da área do conhecimento que se dedicou anos a estudar. Por essa razão, a monografia, também conhecida como Tese de Conclusão de Curso (TCC), costuma ser sinônimo de estresse para muitos que já estão na reta final dos estudos no ensino superior ou técnico. O resultado do seu desempenho poderá definir em menor ou maior grau a qualidade e extensão da sua formação profissional, por isso é importante inovar, convencer e, sempre que possível, impressionar.

Mas, há não muito tempo, ouvi dizer que todo esse papo não causa dor de cabeça em certos tipos de estudantes que se acham muito espertos. Tudo que eles precisam é escolher uma monografia pronta, publicada na internet, colocá-la no Google Tradutor e traduzi-la para um determinado idioma. Em seguida, vertem o texto traduzido para outro idioma. Repete-se a operação mais duas ou três vezes, entre idiomas diferentes, até que o texto seja traduzido de volta para o português. Dizem que esse processo gera um texto totalmente inovador, convincente e impressionante - quando na verdade me prova que o que nunca deixará de inovar, convencer e impressionar é a astúcia humana.

Eu diria, contudo, que a astúcia é uma faca de dois gumes: se há aqueles trabalhando para o mau, há muitos outros trabalhando para o bem. É o caso dos criadores do Turnitim, uma tecnologia de tradução automática que permite identificar conteúdos potencialmente plagiados a partir de traduções.


Lançado semana passada, o Turnitim foi desenvolvido pela iParadigms, empresa líder mundial no fornecimento de soluções anti-plagiarismo adotadas em mais de 100 países,  em resposta a demandas dos educadores que se deparam cada vez mais com trabalhos plagiados por estudantes com proficiência em inglês e acesso à internet. Tal qual as mentes brasileiras de que ouvi falar, esses estudantes sabichões, em uma versão menos complexa, escolhem materiais já publicados em inglês, traduzem para o idioma usado em suas instituições de ensino e apresentam como se fossem de autoria própria.

De acordo com um artigo publicado no Sacramento Bee, um jornal publicado diariamente na cidade de  Sacramento, Califórnia (EUA), ao utilizar a tecnologia de tradução multilíngue, o Turnitin foi idealizado para reconhecer trabalhos escritos em uma série de idiomas diferentes do inglês, traduzi-los para o inglês e compará-los com as informações presentes no seu extenso acervo de dados, destacando quaisquer trechos  que tenham correspondência com os trabalhos submetidos, como ilustra a imagem abaixo.



Tudo isso é possível porque, além das parcerias com outros provedores de conteúdo, os bancos de dados do Turnitin foram alimentados com mais de 17 bilhões de páginas hospedadas na internet, 200 milhões de artigos acadêmicos e dezenas de milhares de livros, periódicos e publicações especializadas cujos conteúdos são comparados com os trabalhos submetidos no aplicativo para indicar se houve plágio ou outras formas de apropriação indébita.

Mas, mais do que simplesmente identificar e denunciar o uso de materiais plagiados ou citações indevidas, a empresa também oferece dicas para inibir esse tipo de comportamento por meio do engajamento dos estudantes no processo de escrita em seu endereço eletrônico www.turnitin.com.

Para ler sobre os contras do programa, clique aqui.

2 comentários

Adam Maximiano disse...

Serviço de tradução simultânea automáticas podem ser de extrema importancia nos dias atuais.
Porém, há um problema. Apesar desses programas serem eficazes não devemos confiar nesse processo de tradução. Porque quando o assunto é profissionalismo eles podem não funcionar tão bem assim. Aqui temos um artigo que mostra grandes empresas que confiaram seus sites em robos que fazem a essta tradução simultânea automática.

Unknown disse...

Penso eu, mísero principiante nas lidas das traduções, que a palavra "mau" no terceiro paragrafo deste artigo, ficou "mau"... ou "mal"?

"...se há aqueles trabalhando para o mau,..."